Adeus.

A tempestade que quase varreu a minha casa ontem, passou. Há que dizer que o jantar, a sós, e o cineminha em dose dupla, ajudaram. E muito. Voltamos a casa em paz.

E hoje, depois de um maravilhoso dia de compras com a Mãe, as más noticias.

Ainda ontem falamos nele. Que já não o vemos há tantos anos, que mal conhece o meu irmão. Que seria feito dele, perguntamos. Disseram-nos que foi embora ontem, precisamente ontem.

Dói.

A missão hoje é tentar convencer a minha Mãe de que não, não podia ter sido diferente. O afastamento foi o único caminho possível. Ás vezes tem mesmo que ser assim, não existe alternativa.

Pessoas tóxicas: que nos roubam, mentem e só fazem mal, não podem fazer parte do nosso dia a dia, da nossa vida. Não devem.

Mas ele era meu irmão, disse-me.

Eu sei, Mãe.

Mas hoje despedimo-nos dele, sabendo, que tentamos tudo. Que fizemos o possivel. Mas que tu, mais do que ninguém, fizeste também, muitas vezes, o impossível. E que ele escolheu o seu caminho, sem que nada mais pudessémos ter feito.

Não te culpes.

Dói, eu sei.

Mas vai passar, prometo.

Beijinho,

Littlemisstaken.